Em um ato de amor (ou não), uma mulher passa a gerar em seu ventre uma vida. São nove meses preparando o corpo da mãe e do feto para o dia do nascimento. Chegada a hora, o bebê nasce, mas não sabe que naquele mesmo instante ele conhecerá um sentimento nunca antes sentido: o abandono.
Há quem deixe seus filhos na porta de desconhecidos ou com pessoas que têm confiança, existem aqueles que levam a um orfanato, outros que abandonam em estradas, praças públicas. Essas pessoas possuem vínculo sanguíneo com o bebê, mas não conhecem o verdadeiro amor.
Realidade cruel e não pouco comum nas pequenas e grandes cidades do Brasil. A criança não pediu para vir ao mundo, mas chegou com a mesma expectativa que eu ou você: de ter uma família que a ame muito. Só que muitas vezes, ao nascer, essa família já o rejeita, sem dar a chance de conhecer ou conviver.
No Direito, o Código Civil e o Estatuto da Criança e Adolescente são as normas que regulam o instituto da adoção. Pais que não podem ter filhos ou aqueles que querem ter mais filhos procuram a Vara de Infância e Juventude e cadastram-se a espera de um bebê, de uma criança ou de um adolescente.
Muitos, em princípio, sonham em adotar crianças com determinadas características físicas e sem qualquer tipo de doença. Mas acabam com o passar do tempo, apegando-se às crianças que possuem características diversas daquelas previamente determinadas. É o amor, sentimento inexplicável, que já passa a tomar conta desse novo lar.
A criança que vive em um orfanato sonha com o momento em que seus novos pais chegarão. Sonham, diariamente, que terão uma vida de príncipes e princesas, com tios, primos e avós. Aqueles pais que têm o intuito de adotar sonham, em suas residências, com o momento que encontrarão seus filhos de coração, os quais passarão a ser suas razões de viver.
Hoje, 25 de maio, é o Dia Nacional da Adoção. Data relevante para refletir sobre as crianças e adolescentes abandonados pelo desafeto de adultos.
Se você não pretende adotar, o Projeto Padrinho, criado pela Vara de Infância e Juventude de Campo Grande (MS) em 2000, encontrou inúmeras formas de poder contribuir com um futuro melhor para essas crianças que foram abandonadas ou que estejam passando por necessidades.
Você pode apadrinhar uma criança de quatro formas. Se o apadrinhamento for afetivo, você passeará com a criança nos finais de semana. Se decidir pelo financeiro, auxiliará com uma quantia financeira por mês. Se for um padrinho acolhedor, irá acolher, sustentar e dar todos os cuidados no decurso do processo. E por fim, se você for pediatra, dentista, terapeuta, pedagogo infantil, psicólogo ou educador, poderá beneficiar várias crianças ao mesmo tempo prestando seu serviço.
Interessou-se? Basta procurar a Vara de Infância e Juventude da Capital e cadastrar-se. Quem sabe hoje não seja o dia de começar uma nova etapa na sua vida e de uma criança.